Se não houver amor, não demore

Por Carla Pepe

“Você tem que aprender a levantar-se da mesa quando o amor não estiver mais sendo servido.” (Nina Simone)

Todos nós mudamos o tempo todo. Segundo o filósofo Heráclito, nós não somos os mesmos, estamos em constante mudança. Todos os dias somos diferentes.

Tudo ao nosso redor nos influencia: música, filmes, pessoas, terapia, viagens, trabalho, educação, relacionamentos. Ao mudar vamos avaliando o que desejamos para nós mesmos. A velha frase se não houver amor, não demore serve para todo tipo de relacionamento: amizades, amores, trabalho, até mesmo a educação formal que tivemos.

Ando aprendendo que se não houver amor, melhor pedir licença, jogar o guardanapo delicadamente e levantar-se da mesa. Não é uma decisão simples, nem muito menos fácil. É preciso determinação. Para muitos parece loucura, ato desvairado, afinal aquele sujeito sempre pareceu tão acomodado.

Sempre aguentou calado, ou rindo, ou tão livre de rótulos. Para uns tantos outros, parece influencia de alguém, é a tal Gestalt ou o tal Freud. Como se tais pensadores pudessem ter a varinha magica da madrinha.

É que simplesmente, o sujeito desperta do casulo. Encontra suas asas enferrujadas em suas costas e reaprende a voar. Enxerga o céu e quer ir longe. E vendo o céu, não consegue mais fincar os pés no chão. Uma vez me disseram que eu era muito sonhadora que isso não fazia bem. Pois ao ler os sábios poetas descobri que isso me levaria mais além.

Aquilo que te engessa, que te aperta, que te deixa só, não te serve. Talvez sirva para doer e ao se livrar da dor, você perceba o tamanho da sua potência como ser humano. Sentar-se a mesa e brindar sozinha parece amargurado para alguns, mas é libertador quando você percebe o tanto de amor que você tem pela figura que vai ter acompanhar o resto da vida: VOCÊ.



Para todos aqueles que desejam pintar, esculpir, desenhar, escrever o seu próprio caminho para a felicidade.