O voo do beija-flor, uma lição a nos ensinar… por Marinaldo Matos

Com tantos afazeres e uma vida cada vez mais corrida, pensar no voo do beija-flor como um parâmetro é uma forma de sublimar a vida. Você já parou para pensar como é o voo do beija-flor? O pequeno pássaro tem uma meta a cumprir. Há uma distância a percorrer para que seja suprida a sua necessidade. E, apesar da pressa, ele evita o luxo de deixar para trás uma única flor.

O voo é curto, mas intenso. É o tempo de visitar uma flor, observar o ambiente, firmar o foco e partir para a flor seguinte. Nesta próxima flor poderá ter um néctar ainda melhor, em maior quantidade. A cada dia um novo desafio aparece. A flor poderá não estar mais ali no dia seguinte. Mais ainda haverá muitas outras flores, perto ou longe. E por isso, mesmo sendo bastante hábil em voos curtos, o beija-flor precisa investir energia em um voo mais longo. Corre riscos. Mas o risco é necessário, envolve ganhos e perdas.

Você não vê um beija-flor lamentando o que perdeu. Você vislumbra o pequeno pássaro tomando a iniciativa de prospectar novas áreas. No mundo dos beija-flores, tempo é um recurso escasso. Nem sempre o céu é de brigadeiro. E é preciso continuar vivendo intensamente.

Definitivamente, temos muito a aprender com o beija-flor. Conhecer os nossos limites é um passo importante para superá-los. Em nosso mundo tempo também é um recurso escasso. Há cada vez mais prioridades espremendo o espaço de tempo do relógio. Esperar o grande voo, a grande sacada e o excelente fechamento, pode não ser o melhor negócio. Voos curtos e pequenas sacadas geram musculatura para garantir um bom negócio.

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Outra forma de diluir o tempo, e lançá-lo ralo a baixo, é parar por alguns minutos para lamentar pequenas perdas do dia-a-dia. Já em perdas maiores, vale um último investimento. Dê um funeral digno para o problema. Reflita alguns minutos, você precisa desse tempo para extrair lições, a melhor lição. Sem abusar das emoções, reflita as melhorias emergenciais e as contínuas. Assim, tudo passa a valer a pena. Até mesmo a existência do problema.

De volta as reflexões do beija-flor, percebemos sua presença como um equilíbrio da natureza ao nosso redor. Ninguém fica indiferente ou apático à sua curiosa presença. O esqueleto e a musculatura permitem a fantástica agilidade e a rapidez do voo. Como pode um pássaro de seis gramas bater asas 80 vezes por segundo, parar no ar e engatar a ré em pleno voo? Mas o beija-flor tem um problema, tem vários problemas. Suas pequenas patas o impedem de caminhar no solo. E sua vida dura em média 12 anos.

Você tem problemas. Aliás, todos nós temos. A diferença está em como você administra suas fragilidades e explora suas habilidades. É notório que você desenvolveu musculatura ao longo dos anos e em tantos voos. O que você ganha ficando parado? O que você perde ao fazer um novo voo? Todos querem ter a visão de águia, mas é vendo o minúsculo beija-flor que refletimos no quanto a vida pode ser intensa e prazerosa.



Para todos aqueles que desejam pintar, esculpir, desenhar, escrever o seu próprio caminho para a felicidade.