Vereador de Goiânia propõe renomear uma das principais avenidas da cidade como “Marília Mendonça”

Segundo publicado pelo site “Enquanto isso, em Goiás“, o vereador Marlon Teixeira (Cidadania) apresentou, na quarta-feira (10/11), na Câmara Municipal de Goiânia, um projeto de lei que propõe mudar o nome da Avenida Castelo Branco, na capital goiana, para Marília Mendonça.

Na visão do vereador, a iniciativa tem dois propósitos. Ao mesmo tempo, ele homenageia a cantora e ainda retira a homenagem feita a um político ligado à ditadura militar. Ele quer renomear a “Avenida Castelo Branco”, uma das principais avenidas da capital goiana.

O político destacou vários aspectos do trabalho da cantora falecida: “A Marília Mendonça foi e é um ícone de mulher batalhadora, protagonista de sua própria vida e história, que, para além da música, teve um papel político e social importantíssimo, influenciando e empoderando outras mulheres, famosas e anônimas. Já o Castelo Branco foi o primeiro presidente militar. Nós precisamos de bons exemplos e ela é um exemplo melhor do que um presidente ditador que deu um golpe”, destacou.

Humberto de Alencar Castello Branco governou o país entre 1964 e 1967, primeiros anos da ditadura militar no país. Na Escola Superior de Guerra, exerceu influência nas ideias que levaram ao golpe de 64.

O vereador frisou que: “Vamos ver se haverá o apoio à cultura ou à ditadura. Esse projeto discute se devemos ou não continuar homenageando pessoas que fizeram tão mal ao nosso país”, disse.

A proposta de Marlon vem ancorada pelo projeto de Emenda à Lei Orgânica do Município nº11, aprovado em agosto de 2014, que permite alteração dos nomes das vias e logradouros públicos já existentes, quando se tratar de denominação que se refere às personalidades ou autoridades vinculadas ao período da Ditadura Civil e Militar Brasileira, ou fizer alusão ao nazismo ou fascismo.

“Felizmente, hoje, temos esse poder de decisão”, pondera o parlamentar, lembrando que vias públicas recebem nomes de personalidades que serão imortalizadas na memória das pessoas. “Cabe a nós decidirmos quem merece essa honra de ser imortalizado é homenageado. E precisamos escolher bem”, acrescenta.



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