Tutores de Pandora cobram indenização de R$ 320 mil por danos morais: ‘Justiça seja feita’

Nesta semana, a família de Pandora, cadela que ficou um mês e meio desaparecida após uma conexão da Gol Linhas Aéreas em Guarulhos, pediram à Justiça uma indenização por danos morais e materiais de R$ 320 mil.

O portal R7 teve acesso ao processo em que os autores apontam as falhas da Gol Linhas Aéras e a GRU Airport e pedem indenização.

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Na ação movida à 5º Vara Cível da Comarca de São Paulo (SP), consta:

“Inicialmente a ré GOL afirmou que a cadela Pandora havia destruído a caixa de transporte o que acarretou na facilitação da fuga desta e afirmou que estavam desde então empreendendo buscas na localização desta, porém informou que não haviam sequer imagens para possibilitar a identificação do caminho tomado por esta dentro do terminal aeroviário.

Contudo, a explicação da ré GOL causou espécie ao autor haja vista que Pandora é dócil e calma e não teria condições de estourar a caixa de transporte nova e reforçada. Ao solicitar a caixa de transporte da cadela Pandora, o autor foi surpreendido com a entrega da caixa em perfeito estado de conservação, contrariando a afirmação da ré GOL de que a cadela havia destruído e empreendido fuga. A caixa de transporte estava intacta e apenas o lacre de segurança havia sido rompido (o que dificilmente o próprio animal conseguiria fazer estando preso dentro da caixa)”, diz o processo.

De acordo com os tutores, também houve enorme dificuldade de acesso às filmagens do circuito do aeroporto.

“Os Autores seguiram empreendendo as buscas, mas com dificuldades quanto ao acesso às filmagens pela corré GRU Airport, a qual trouxe diversas barreiras à apresentação, fazendo com o que o Juízo tivesse que majorar as multas, as quais serão objeto de cumprimento provisório de sentença, mesmo porque, se tivesse sido cumprido de maneira rápida e eficaz, a Pandora, que ESTAVA DENTRO DO AEROPORTO, teria sido achada bem antes”.

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“A culpa da corré GRU Airport, igualmente, resta clara na medida em que a caixa de transporte de Pandora foi aberta pela negligência na segurança da 1ª corré mas, uma vez fora da caixa de transporte, transitou livremente pelas dependências do aeroporto por mais de 40 minutos. No caso, avaliadas as câmeras in loco e as presentes no HD, constata-se que na câmeraC6132 a Pandora tem a primeira aparição, às 07h30m24, transitando, livremente, pelas dependências internas da GRU até sua última visualização em câmeras (C5950) às 08h09m45”, continua a ação.

Por fim, os tutores de Pandora afirmam que os funcionários do terminal desistiram de capturá-la, mesmo quando ela foi avistada nas dependências da GRU Airport:

“Durante este trajeto, tivemos 2 eventos importantes para demonstração da culpa, sendo o primeiro, às 07h41m11 (C6034) onde uma viatura da GRU visualiza a Pandora e às 07h50m23 tenta capturar a Pandora de volta, situação que perdura, sem sucesso, até às 07h54m12 onde a Pandora corre, porém os funcionários envolvidos na captura, desistem de persegui-la, retornando calmamente ao carro o qual foi ao sentido contrário da Pandora, sem pedir apoio ou sinalizar a presença de um animal na área interna do aeroporto. Posteriormente, outra cena LAMENTÁVEL foi a do funcionário do aeroporto às 08h03m (C5504), poucos minutos antes de ser vista pela última vez, visualiza a Pandora na área dele e, INTENCIONALMENTE, abre o portão para que a Pandora saísse da área controlada do aeroporto e seguisse em direção à rodovia (C5506), onde às 08h09m45 a Pandora é vista pela última vez, já na área externa do aeroporto”.

Em resposta ao R7, a GRU Airport afirmou:

“A GRU Airport, concessionária que administra o Aeroporto Internacional de São Paulo, em Guarulhos, informa que ainda não foi notificada, e que se manifestará nos autos do processo.

A concessionária esclarece que, por questões legais e de segurança, só pode autorizar o acesso ao aeroporto e às imagens a partir de solicitação das autoridades competentes. Por fim, reforça que a responsabilidade pelo transporte e manuseio de animais é das companhias aéreas”.

Ao listar os danos financeiros causados pelo desaparecimento de Pandora, a defesa dos tutores cita gastos com passagens aéreas após o desaparecimento, despesas com a confecção de cartazes para promover buscas pelo animal e o tratamento a que Pandora vem sendo submetido para recuperar os mais de 7 kg perdidos durante os 45 dias em que ficou desaparecida, entre outras.

A cachorrinha desapareceu no dia 15 de dezembro, causando comoção nacional.

Na época, Reinaldo e ela seguiriam para a Suíça, onde o tutor recebeu uma oferta de trabalho. Infelizmente, o desaparecimento súbito do pet mudou os planos da família.

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Fonte: O Globo

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Gabriel tem 24 anos, mora em Belo Horizonte e trabalha com redação desde 2017. De lá pra cá, já escreveu em blogs de astronomia, mídia positiva, direito, viagens, animais e até moda, com mais de 10 mil textos assinados até aqui.